Sarcopenia: perda de força muscular afeta especialmente idosos
O nome até parece difícil na primeira olhada, mas o efeito você já deve ter percebido em um idoso (ou em você mesmo): perda de força e massa muscular. É aquilo de ver esta diminuição gradual, que tende a se agravar conforme passam os anos e que pode afetar a realização das atividades do dia a dia, impactando diretamente na qualidade de vida.
Começa a ficar mais difícil levantar da cama e do sofá, subir escadas, carregar objetos e mesmo caminhar. Depois, aumenta o risco de queda, fraturas e incapacidade para a vida cotidiana. Se nenhuma medida for tomada, com o tempo o idoso vai precisar de apoio e ajuda para todas as tarefas, ficando frágil e com mais dores pelo corpo.
Esta perda se acentua a partir dos 50 anos de idade, principalmente devido ao aspecto hormonal (caso de redução do estrogênio e testosterona, por exemplo). As dificuldades vão se agravando e podem ser confundidas com limitações da idade.
Fica a ressalva→ Ainda que esteja comumente ligada ao envelhecimento, ela não é exclusivamente a única causa, podendo estar associada a outras doenças. Por isso, em caso de sintomas, é importante buscar orientação médica.
E tem como evitar?
Se o envelhecimento é um processo natural, deixar que ele afete a qualidade de vida é uma escolha: tem sim como reduzir a evolução da sarcopenia, preservando as funções.
A primeira indicação é evitar o sedentarismo e praticar atividade física. Pode ser que o ritmo de ganho muscular não seja o mesmo de idades mais jovens, mas manter-se ativo colabora para que as perdas sejam menos acentuadas. Neste contexto, além dos exercícios aeróbicos, devem ser incluídos treinos de força – como musculação e pilates.
Na realidade, para prevenir que o quadro se instale, a dica é evitar o sedentarismo a partir de hoje! O ideal é ter constância nos exercícios desde jovem. Melhorando as condições musculares, este processo tende a ser mais suave.
Outro aspecto relevante é o aporte nutricional adequado. Algo que se destaca neste contexto é a proteína. Em função de medicamentos e outras condições (dificuldades de mastigação, próteses dentárias e problemas gástricos, por exemplo) a faixa etária acima dos 60 anos tende a ingerir menos proteína, fundamental neste processo de manter a massa magra.
Por isso, a dica é buscar uma alimentação saudável, balanceada e que forneça os nutrientes que correspondam às suas necessidades individuais, e até mesmo investir em suplementação. De modo geral, o reforço precisa ser de carnes magras, ovos, leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico) e derivados de leite.
Também são importantes as consultas preventivas com o médico de confiança, que indica ajuste de medicamentos, rastreio de outras doenças que possam agravar a condição e até mesmo reposição hormonal.