Qual é, afinal, a diferença entre dieta e reeducação alimentar?

Se até um tempo atrás o comum era ouvirmos falar da dieta da moda, a moda agora é a reeducação alimentar. A proposta é uma mudança no estilo de vida, que adota escolhas mais saudáveis e novos hábitos, com escolhas que façam sentido na sua cultura alimentar e contribuam em sua rotina. O segredo está na constância, ou seja, é para a vida toda.

            Como explica a nutricionista Paula Jabur, dieta tem prazo para começar e terminar. Também, é mais restrita. E aqui não estamos nem falando sobre loucuras que surgem na mídia de tempos em tempos, como dieta da sopa, do suco ou da lua, mas sim dietas com um propósito, e que quando atingem o objetivo, são redirecionadas para uma reeducação alimentar.

            Mas dieta também pode e é bom. Quer ver um exemplo? Casos descompensados, pessoas com diabetes, hipertensão, intolerâncias alimentares, obesidade: por um tempo, talvez precisem adotar uma dieta restrita. Aí é preciso introduzir ou retirar certos alimentos por um período até estabilizar a saúde do indivíduo. E pode ser boa e necessária.

            Já a reeducação alimentar aposta no equilíbrio e moderação, visando uma vida saudável. Insere progressivamente alimentos naturais e cria uma rotina que funciona para aquela pessoa, atendendo suas necessidades. Vai ensinar que trocar o arroz branco pelo integral traz mais fibras; que refrigerante, doces e outros alimentos com calorias vazias devem ser deixados como exceção (e que existe chocolate 70% cacau!); que a ingestão de água deve ser observada; que a fritura é gostosa, mas existem os grelhados, assados e cozidos e; que, com as ervas naturais, todo sabor pode ser realçado.

“A comida é muito uma questão afetiva já que reúne as pessoas, é um momento de comunhão, e, por isso, é importante manter exceções e permitir que as pessoas comam o que tem vontade, sabendo que é uma ocasião pontual”, relembra a nutricionista Paula. As proibições tendem a gerar uma desistência e isolar socialmente as pessoas. Assim, para haver adesão no longo prazo, tudo pode, desde que com equilíbrio.

Fonte: Paula Jabur, Nutricionista, CRN 8-11574