Como é a psicoterapia infantil?

Ajudar a se compreender melhor, lidar com as emoções, resignificar acontecimentos. Com a ajuda da psicoterapia, tudo isto é possível e muito mais. E terapia é bom para todos, inclusive para o público infantil.       

            Quem conduz as sessões são os psicólogos, utilizando diferentes abordagens e ferramentas, a depender da linha de atuação do profissional. Assim como na atuação com outros públicos, o tratamento é individualizado e depende dos desdobramentos de cada sessão, se configurando em um processo de persistência e autoconhecimento. Vocês podem se encontrar uma vez por semana, por uma hora, ou mesmo em intervalos maiores, conforme o caso. E neste processo a participação dos pais é fundamental, englobando toda a família.

            O tratamento começa com a avaliação psicológica, que dura em média 10 sessões. Com as crianças, as primeiras sessões são utilizadas para criar um vínculo entre ela e o psicólogo, gerando um ambiente de confiança – porquê ali ela pode falar, porquê ela tem que falar de coisas que machucam. Para isso, as conversas são pautadas pelo lúdico (jogos e brincadeiras), de acordo com o nível de entendimento de cada faixa etária.

            Em suma, a psicoterapia trabalha o desenvolvimento emocional das pessoas. Em geral as crianças tendem a conhecer as emoções básicas, como tristeza, alegria, raiva e medo, muitas vezes sem compreender o impacto que elas têm. “No consultório, a psicoterapia com o pai e a mãe trazendo uma demanda específica, vamos desenvolver e conversar com a criança em cima do problema, trabalhar a resiliência e o aspecto emocional”, explica a Psicóloga Bruna Fillus. Sem esta compreensão, pode ocorrer a associação de determinadas situações a uma emoção.

            Se de médico e louco todo mundo tem um pouco, psicoterapia é para todo mundo. Ainda que você possa procurar um profissional para aprofundar um tema específico, pode seguir com o laço entre paciente e terapeuta para sempre, espaçando as sessões, conforme sua própria necessidade.

Fonte: Psicóloga Bruna Fillus, CRP 08/25902