Conheça o que é esteatose hepática, gordura no fígado

A gente já sabe que a nossa alimentação interfere diretamente em todo o nosso organismo. Se ela for na quantidade e escolhas adequadas, colabora para uma vida saudável. E o contrário também é verdadeiro: o consumo excessivo de processados, gorduras, refrigerantes traz consequências.

            Uma das doenças relacionadas é a gordura no fígado, a esteatose hepática. Segundo a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, é um distúrbio em que há acúmulo de gordura nas células do fígado. “O aumento de gordura dentro dos hepatócitos, constante e por tempo prolongado, pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves de hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer”, explica.

            A doença se apresenta de duas causas: a alcóolica (quando do consumo excessivo de álcool) e não alcóolicas. Neste segundo caso, alguns dos fatores de risco são justamente o sobrepeso, diabetes, má nutrição e sedentarismo.

            E quais são os sintomas?

            Nos casos leves, ela não apresenta sintomas e geralmente é diagnosticada através de exames simples de rotina, como de laboratório e imagem. Conforme se agrava, os sintomas começam: cansaço, fraqueza, perda de apetite, diarreia. E ao ficar em estágios mais avançados, pode ocasionar acúmulo de líquido no abdômen, confusão mental, hemorragias e mais.

            Ou seja, a coisa é séria e deve ser tratada lá no começo, para evitar maiores complicações, afinal, o fígado é responsável por mais de 500 funções no organismo. “Observamos que tem aparecido mais em consultório casos de excesso de gordura no fígado. É um fígado intoxicado, com acúmulo de alimentação errada ao longo de muitos anos”, reitera a nutricionista Paula Jabur. A condição também pode aparecer nas crianças e é mais comum em mulheres.

            Mudanças na alimentação

            E assim voltamos ao começo da questão: a alimentação correta é fundamental e interfere no tratamento de doenças. Para desinflamar este fígado, é necessária uma dieta voltada aos alimentos antiinflamatórios e antioxidantes. Aqui entram as escolhas inteligentes, com mais verduras, saladas, frutas e alimentos in natura. Além, é claro, de uma boa hidratação e atividade física.

            O acompanhamento é feito pelo médico em conjunto com o nutricionista. Dependendo do estágio, é necessária medicação junto às mudanças de hábito alimentares. Paula conta que serão inseridos principalmente alimentos de coloração avermelhada e roxa – como beterraba, morango, ameixa, açafrão e canela – que são termogênicos e anti-inflamatórios, que colaboram na desintoxicação nestes casos.

Fontes: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde

Nutricionista Paula Jabur, CRN 8-11574