Para grávidas, fisioterapia pélvica pode ser ferramenta de auxílio no parto

            A gravidez é uma fase de mudanças físicas, emocionais e psicológicas na vida da mulher. Pensando em auxiliar no aspecto físico, a fisioterapia pélvica se consolida como ferramenta para o processo de parto, seja ele cesáreo ou natural, além das adaptações que o período traz ao corpo feminino.

            Ao mesmo tempo que o bebê cresce e se desenvolve dentro do útero, o corpo da mulher muda para que possa acomodar a nova vida. E isto pode ser doloroso. E é aí que a fisioterapia pélvica começa a virar aliada, amenizando e aliviando desconfortos da gravidez, ao mesmo tempo em que trabalha o assoalho pélvico para o parto.

            De modo mais amplo, esta especialidade aplicada pelo fisioterapeuta ajuda homens e mulheres a restaurar a função urinária, evacuativa e sexual. E faz isso trabalhando o conjunto de músculos, ligamos e fáscias que compõe o assoalho pélvico. O resultado principal é em casos de incontinência urinária, dificuldades sexuais e na própria gravidez.

            Entenda como a modalidade contribui na gravidez

            Nesta condição, o foco é ativar a musculatura ou liberar pontos de tensão, devido a sobrecarga nestes músculos. Via de regra, a partir dos 3 meses de gestação a gestante pode começar a prática, quando liberada pelo obstetra.

“É comprovado que no parto normal a fisioterapia pélvica diminui em até 4 horas o trabalho de parto”, destaca a fisioterapeuta pélvica Karina Panuto. Além disso, ajuda a gestante em dores lombares, incontinência urinária e constipação intestinal, por exemplo.

            Como cada corpo tem suas próprias necessidade, o profissional vai fazer uma avaliação da musculatura envolvida. Na sequência, indica um plano individual de tratamento, que pode envolver técnicas de terapia manual, exercícios para a área, massageadores, vibradores, bolas e laser.

No caso das gestantes, Karina conta que, dentro das atividades indicadas, a grande parte tem intenção de ganhar espaço na pelve, facilitando a saída do bebê pelo canal vaginal. Para isso, reproduzem os movimentos de expulsão; usam ampolas, que simulam a passagem da cabeça do bebê; movimentos de pelve; faz trabalhos de cócoras e assimétricos (com uma perna em cada posição); ativam ou afrouxam as vértebras sacro-iliacas, dependendo da opção ou preparo para determinado parto.

Em tempo, no período do pós-parto, a recomendação é passar por nova avaliação do assoalho pélvico, para ajudar no retorno a atividade sexual, tratar possíveis disfunções ou até laceração da musculatura (que pode acontecer no parto vaginal).

Fonte: Karina Panato, fisioterapeuta