Além do alongamento: pilates trabalha consciência corporal, força, concentração, equilíbrio e mais

Talvez você seja daqueles que quando ouvem falar sobre pilates já imaginam uma série de alongamentos, algo mais tranquilo. Tem alongamento? Tem, mas como exercício físico o pilates vai além, promovendo consciência corporal, força, concentração, equilíbrio, flexibilidade, mobilidade e controle. É garantia de sair da aula suado!

            A maior parte funciona usando sua própria força corporal, podendo ser associada com aparelhos e acessórios (como bola, elásticos e blocos). Tudo isso junto à movimentos fluídos. Um dos principais diferenciais é a precisão exigida dos movimentos, que é associada à uma respiração específica. Sem contraindicação, qualquer um que se identifique com a dinâmica é bem-vindo para experimentar.

            Na prática isso leva a resultados de melhora geral de performance, já que ensina a você desenvolver os movimentos corretamente – praticantes de Crossfit, musculação e atletas de rendimento procuram para desenvolver este aspecto. Nessa mistura entra a respiração adequada, que oxigena o cérebro e músculos.

Por isso é indicada em casos de recuperação de lesões (muscular, articular e pós-operatório), desvios posturais, idosos, gestantes e casos de diástase. “O que me encanta no pilates é o poder que tem de ensinar a ter controle e conhecimento sobre teu corpo, entender qual musculatura ativar, onde sente dor e porquê. Além das infinitas possibilidades que ele traz de contribuição para o indivíduo como um todo”, expõe Fernanda Ribeiro, educadora física e instrutora de pilates há 8 anos.

            Variedade para todos os perfis

            O pilates foi criado no início do Século XX e tem seis princípios: concentração, controle, precisão, fluidez, respiração e centralização.  Seguindo estas premissas, diversas versões foram criadas. Existem variedades como contemporâneo, suspenso, pilates solo e com aparelho. Também pode ser praticado em grupo ou individual.

            Na versão solo, acontece só com acessórios e sem aparelho – o que propicia inclusive a prática online e em ambientes ao ar livre. Já o pilates aparelho tem 4 aparelhos como base. O ladderbarrel (lembra o formato de um barril); stepchair (cadeira com degrau, acompanhada de molas); reformer (espécie de cama com molas); e o maior de todos, o cadillac. Em cada versão são acrescidos outros aparelhos e acessórios. No caso do suspenso, por exemplo, são utilizados tecidos para movimentos aéreos e acrobáticos.

            Cada aula tem entre 40 e 60 minutos de duração. No nível iniciante, a pessoa é introduzida nos princípios, ritmo dos exercícios, entendimento corporal e respiração. Gradualmente evolui para nível intermediário e avançado, quando se aprimora a ativação dos músculos e power house, além de posturas elaboradas. “São movimentos que você precisa estar presente para conseguir executá-los, mesmo no nível iniciante. E isso acaba melhorando a concentração dentro e fora do pilates”, explica Fernanda.

Para entender à O pilates trabalha o corpo todo, mas tem uma parte que é especialmente fortalecida, o Power House, também conhecido como core (centro de força que engloba músculos abdominais, do assoalho pélvico, coluna, glúteos e diafragma).

Fonte: Fernanda Ribeiro, educadora física CREF 018204-G/PR e instrutora de pilates