Estética íntima feminina: conheça o que é e como procedimentos melhoram aparência, apresentando soluções para região íntima

Se sentir bem consigo mesmo nos leva ao bem-estar. É atuando nesta direção que a estética nos apresenta procedimentos para nos ajudar, quando necessário, a alcançarmos este patamar. Ainda uma novidade, a estética e rejuvenescimento íntimo feminina vem para aplicar estes cuidados nesta região do corpo, respeitando suas particularidades.

            As possibilidades são muitas: clareamentos, preenchimentos (indicados inclusive para casos de vaginismo), cirurgias íntimas, fios de sustentação, diminuição do monte pubiano, ultrassom microfocado para flacidez, laser para ajudar na incontinência urinária e lubrificação, dentre outros. E as soluções vão desde minimamente invasivas – realizadas no próprio consultório – até cirúrgicas.

Para entender –> Exemplificando, as queixas que chegam até o consultório variam de: incômodo ao usar biquini pelo escurecimento da área; dificuldade com roupas de banho e ginástica, por flacidez; escapes de xixi na prática de atividades físicas; menor lubrificação devido a mudanças hormonais, como menopausa; fisiculturistas e pacientes em busca de massa muscular que apresentam crescimento anormal do clitóris.

            “A area íntima é uma região valorizada pelas mulheres, que na hora da maior intimidade com o parceiro, precisam se sentir bem. Algumas chegam e dizem que tem constrangimento e se sentem mal na hora da relação… Existe o discurso que muitas coisas são normais e vão passar. Mas talvez algumas das queixas já tenham melhores maneiras de como lidar”, contextualiza a ginecologista há 28 anos, com pós-graduação em estética e rejuvenescimento íntimo, Drª Adriana Lopes.

Em última instância, as mudanças trazem reflexo para o bem-estar e autoestima da mulher, que passa a encarar as situações com outros olhos.

Algumas possibilidades

Um dos tratamentos mais procurados é o laser, que tem mais de 10 anos de estudo e libera ondas de estímulo de colágeno. Ele estimula a musculatura, aumentando a irrigação, nutrição da mucosa vaginal e uretra. Por isso, é indicado para casos de flacidez na vagina, falta de lubrificação na relação, incontinência urinária e encorpamento da vagina. Existe o não invasivo e o cirúrgico, com anestesia local.

A toxina botulínica também é uma possibilidade. Além de  preenchimento, pode ajudar nos casos de vaginismo. O vaginismo é uma dificuldade ou impossibilidade de penetração, por fundo emocional (questões religiosas, culturais ou abusos), mas não exclusivamente. O cérebro faz contrações, não permitindo a penetração. A toxina botulínica age – assim como no rosto -, para paralisar a musculatura, permitindo o ato; depois de um tempo e de prazer na relação sexual, o cérebro muda a associação e para com as contrações. Inclusive é indicado para o público trans, que devido a reconstrução da vagina pode apresentar desconforto na relação.

Mudanças em como encarar o problema     

            Até não muito tempo atrás, falar sobre saúde íntima feminina ou estética era tabu, mesmo entre mães e filhas. Hoje, nos consultórios, tem se percebido uma maior abertura e procura por soluções que vão além da questão de doenças. Para os profissionais, vale o atendimento com flexibilidade, acolhimento, respeito e ética.

            Segundo a Drª Adriana, outra preocupação deve ser mostrar possibilidades e ofertar a melhor opção para cada caso, colocando a realidade do que é viável, possível , harmônico e atinge a expectativa. Isto tanto para evitar excessos de procedimentos desnecessários tanto para garantir que o motivo da mudança seja por desejo da própria mulher, e não de outros. Por isso, sempre procure profissionais capacitados e de sua confiança.

            “Se existe algo que está te incomodando, supere isso, supere esta dificuldade, procure um profissional que esteja de braços abertos para te acolher e entender sua dor. A estética íntima com certeza tem o potencial de que sua autoestima e confiança melhorem além do relacionamento com você mesma e seu parceiro”, finaliza.

Fonte: Drª Adriana Lopes, especialista em ginecologia, CRM – 13515 e RQE – 5985