Comum, disidrose é doença de pele com pequenas erupções nas mãos e pés

            Coceira, vermelhidão, descamação, ardência e vesículas, por toda a mão e, eventualmente nos pés. Já teve ou conhece alguém que tem? Todos estes sintomas se relacionam com disidrose, doença de pele com diferentes causas e que acomete todos os perfis de pessoas.

            A disidrose se caracteriza pelo aparecimento súbito de erupções cutâneas – semelhantes a bolinhas – com secreção cristalina, em pequena quantidade. Tão pequena que às vezes a pessoa nem percebe que está lá, mas que, levam aos outros sintomas relatados como coceira e descamação. Geralmente aparecem várias, uma ao lado da outra.

E ela pode aparece na palma, dorso e lateral das mãos, assim como os pés. Algo característico é a aparição na lateral dos dedos. Os sintomas costumam durar entre 20 e 30 dias, dependendo da causa.

E para não errar: em outras regiões do corpo, não é disidrose. E é importante falar isso (que é usualmente confundida com psoríase) porque cada doença tem sua causa e tratamento específico. O diagnóstico é clínico (analisando as lesões), com requerimento de exames em casos específicos.

Ela é figurinha carimbada nos consultórios médicos, usualmente atingindo adultos entre 20 e 40 anos, tanto homens quanto mulheres. “Uma vez que o paciente entenda que é associada a várias causas e que ele tem a condição, pode identificar na casa dele possíveis agentes causadores e conseguir controlar. Com conhecimento fica mais fácil para conseguir tratar”, destaca a médica dermatologista Flávia Luiz.

Apesar de comum, quem convive com disidrose e estes sintomas sente incômodos tanto físicos quanto emocionais, por impactam na apresentação da pessoa. As queixas relatadas são em relacionamentos pessoais, emprego e autoestima.

Causas e tratamentos

Na maior parte das vezes se relaciona à hiperidrose, que é a produção excessiva de suor pelo organismo. Em menor quantidade, as causas são dermatites de contato, medicações e alterações fúngicas. A indicação é de quando apresentar sintomas, buscar a orientação de um dermatologista.

No caso da sudorese, o dermatologista pode indicar medicamentos, compressas e até tratamento com toxina botulínica. A disidrose em si pode sumir sozinha, mas se o suor em excesso permanecer, o quadro tende a se repetir.

Quando é dermatite de contato, o foco é buscar o agente a que se foi exposto e causou a disidrose. Ao controlá-lo, controla-se a doença, que pode voltar quando de nova exposição. E o que vai desencadeá-la é individual: um hidratante, produtos de limpeza, artigos de trabalho… Nas causas medicamentosas, é preciso entender o medicamento que ocasionou. Já nos casos de alterações fúngicas, cabe buscar qual é o fungo e tratá-lo.

Ou seja, o movimento é buscar o agente causador e tratá-lo. “Um problema que enfrentamos é que muitos pacientes chegam no consultório do dermatologista já tendo se automedicado com pomadas de venda liberada. Isto atrapalha o diagnóstico, já que é necessário entender as lesões para saber como tratá-las”, explica Flávia Luiz. Outro fator para buscar o tratamento correto é que coçar e manipular o local pode causar uma lesão e ser porta de entrada para microrganismos e outras doenças.

Fonte: Flávia Luiz, Médica Dermatologista, CRM 44842, RQE: 27.773