Terapia da Biodecodage busca a cura de doenças através da identificação das emoções causadoras

A abordagem terapêutica da Biodecodage trata do sentido biológico da doença, visando a cura através da identificação de emoções vividas e que deixam uma memória em nosso corpo. Bastante recente no Brasil, uma das grandes diferenças que apresenta é a aplicação somente a partir de diagnóstico médico.

            Por isso, qualquer doença – seja de cunho físico ou psicológico – pode ser tratada. Vitiligo, depressão, osteoporose, dores articulares, enxaqueca, diabetes, problemas no ombro, câncer… Para isso, o terapeuta durante a sessão de biodecodage precisa encontrar o momento onde foi gerado o estresse vivenciado.

“Todo sintoma tem uma história. A técnica diz que a doença tem origem emocional (de emoção que ficou presa), o que gera um sintoma. O corpo procura sobreviver e procura solução. A solução é expressada com essa emoção, que vai para o inconsciente”, explica a terapeuta Rita Luchetti, que atua com a biodecodage há três anos.

            O criador Crhistian Flèche – um enfermeiro francês que se baseou em outras técnicas para desenvolvê-la nos anos 90 – chama de biochoque, que é um instante preciso de algo que você viveu de maneira inesperada, impactante e sem solução, que gera um trauma a nível inconsciente. Uma resposta de adaptação biológica. O corpo se adapta a este tipo de estresse, mas a emoção sentida fica registrada nas células, o que gera uma lesão em algum tecido ou órgão do corpo.

            E é aqui o pulo do gato: a emoção gera uma memória, e dependendo de como cada pessoa vivencia a experiência, o registro afeta um lugar corporal específico. Ou seja, uma mesma experiência, como por exemplo uma demissão do seu trabalho, pode fazer com que uma pessoa se sinta desvalorizada (o que em geral reflete em problemas ósseos), outra sente como uma separação (levando a um eczema ou problemas de pele) e outro viu como algo sujo (que provoca nele uma diarreia).

            Como acontece a aplicação da técnica

            O primeiro passo é você ter um laudo ou diagnóstico médico – raio-x, exame de sangue, densiometria óssea, dentre outros – , que precisa ser repassado para o terapeuta previamente. O profissional vai fazer uma análise detalhada da doença e sua localização, visando entender e chegar próximo de possíveis causas. Aqui também é criado um “Portal”, que é uma série de perguntas que se relacionam com os sintomas e que vai ser aplicado no paciente.

Depois é a hora da consulta. A técnica procura achar onde está este momento programador – que é como um programa de computador, que tem dia e hora certinho de instalação. Para isso, traz a pessoa para o momento presente e aplica protocolos, que são escolhidos  a partir dos sintomas relatados pelas pessoas. Estes protocolos podem envolver diversos veículos (como desenho e pergunta/resposta), onde a pessoa deve deixar seu inconsciente responder.

Durante a sessão, paciente e terapeuta vão juntos entrando em contato com as memórias, até chegar ao programante. Quando isso acontece, a pessoa consegue liberar esta emoção e passa por uma tomada de conhecimento, inclusive podendo resignificar o evento. E, consequentemente, a doença melhora. “Existem as maneiras de tirar o paciente daquilo. Trabalhamos resignificando a história, mostrando que o passado não existe, apenas a memória do passado”, contextualiza Rita.

Vale ressaltar que, para se chegar à memória programante, precisa-se de exatidão. Até por isso existe o estudo prévio do laudo. E, que as memórias podem vir de experiências vividas, da gestação e mesmo de outras gerações.

A biodecodage pode ser aplicada desde crianças até idosos, com cuidados extras no caso de gestantes. O número de sessões depende de se encontrar o programante, que também podem estar ‘cadeado’ com outros conflitos, que precisam ser trabalhados um a um. Cada sessão leva cerca de 1 hora, onde é trabalhado um conflito por vez.

Fonte: Rita Luchetti, terapeuta em Biodecodage, Microfisioterapeuta e Consteladora Familar