Com estimulação de pontos nos pés, reflexologia podal promove reequilíbrio de sistemas do corpo

            O corpo inteiro na sola do pé. Partindo do conhecimento de diversos pontos espalhados pela parte medial, dorsal e lateral do pé, a reflexologia podal visa estimulá-los para o reequilíbrio energético e pleno funcionamento.

A técnica é aplicada com pressão da articulação do dedo ou com a digital  – massagem – local, a partir do mapeamento dos pontos do corpo e sua equivalência em órgãos e vísceras, o que gera melhora na circulação sanguínea. É literalmente o ‘reflexo’ de cada ponto com uma diferente localização.

Um aspecto interessante é que ambos os pés precisam ser estimulados, conforme a localização do sistema no corpo humano. Isso acontece porque os pontos são diferentes em cada um, e você quase pode imaginar um corpo humano desenhado na sola. Exemplos disso é que, como temos dois rins, existe um ponto para cada, em cada membro; caso que também se repete com o pulmão. Já órgãos como o fígado, que está localizado em sua maior parte no lado direito do corpo, ali você encontra o ponto equivalente. O dedão se relaciona a cabeça.

“Como todos os órgãos tem seu equivalente na planta dos pés, você consegue virtualmente tratar todos os casos de dores, tanto físicas quanto mentais. No caso da reflexologia podal, ela é mais objetiva e foca nos pontos de dores dos pacientes”, explica a reflexologista Juliana Mayer. É indicada na complementação do tratamento de casos diversos, como alzheimer, endometriose, doença de khron, constipação, espondilose, distúrbios neurológicos, questões mentais e emocionais (como ansiedade, depressão e estresse).

Como é aplicada

O encontro começa com anamnese, onde o profissional conhece as condições de saúde e é neste momento que ele estabelece o curso de ação. É feita com o paciente deitado de costas na maca. Se inicia primeiro em um pé, depois no outro, usando óleos e cremes para facilitar o deslizamento e diminuir o atrito.

O reflexologista fica de 2 a 3 minutos em cada ponto. Os pontos doloridos indicam desequilíbrios e merecem mais atenção. Dependendo da necessidade e disposição do paciente, uma sessão pode durar entre 15 minutos a 1 hora.

Outro aspecto interessante é que, seguindo o conhecimento da medicina chinesa (ainda que também possa seguir outras linha, como a tailandesa, que usa um bastão), os órgãos estão ligados a sentimentos: Raiva, órgão afetado é o fígado; Medo, são os rins. Logo, a depender dos sintomas relatados o terapeuta pode fazer correlações que aprofundem o tratamento e resultado.

            Os impactos são sentidos desde a primeira aplicação, sendo que o tempo de reação varia de pessoa para pessoa (cerca de 30 minutos depois já é possível notar diferença). No processo de tratamento do paciente, pode ser incluído como complementar ou mesmo com plano de tratamento próprio. Nestes casos, o profissional vai indicar o número de sessões.

            Ela pode ser aplicada desde bebês até idosos, inclusive não tem restrições em aplicação contínua. É contraindicada em pessoas com trombose (por estimular sistema circulatório e linfático) e, no caso de diabéticos se apresentarem neuropatia periférica (falta de sensibilidade nas extremidades).

            E tem diferença entre massagem nos pés e reflexologia podal?

            Uma massagem no pé é gostosinho, não é? E é justamente essa sua função, ser relaxante.  Quer promover o alívio, sem se fixar em pontos específicos. Já a reflexologia tem outra finalidade, de estímulo dos pontos para seu equilíbrio, a partir da queixa do paciente. Elas podem ser associadas, mas cada um tem seu próprio objetivo.

Fonte: Juliana Mayer, massoterapeuta