Através de manipulações, osteopatia promove liberação de movimentos e melhora a função dos órgãos

Crec, crec… move daqui, move de lá. Inspira, expira: crec, coloca no lugar. Imaginou? Bem, este poderia ser um pedacinho de uma sessão de osteopatia. Ela é uma das técnicas da fisioterapia que, com um olhar sistêmico, utiliza uma abordagem manual para fazer liberação de movimentos, fáscias, articulações e vísceras (dos órgãos internos). Com tudo isso, promove uma melhora geral da pessoa.

            Por isso, é indicada para diferentes casos. Os campeões de busca são as dores em geral: lesões na coluna, dores cervicais, lombares, de cabeça e lesões ortopédicas (quadril, joelho, mão e ombro). Mas é excelente para casos de hérnias de disco, cólicas menstruais, enxaquecas, refluxos e aderências. E oh, serve tanto para crianças, quanto adultos e idosos.

“A osteopatia é uma abordagem que conta com técnicas manuais específicas. Nosso corpo não pode e nem deve ser segmentado, porque faz parte de um organismo único e de um sistema que funciona através do equilíbrio do aspecto físico, mental e emocional. Precisamos destes pilares bem estruturados para ter saúde”, contextualiza o fisioterapeuta osteopata Giancarlo Pavan.

Alguns pontos são estratégicos, devido à incidência de sobrecarga mecânica, comando do sistema nervoso autônomo (aquele que é responsável por realizar funções mesmo sem você dar um ‘comando’, como o bater do seu coração) e para regular as funções orgânicas vitais. Alguns exemplos que não ficam de fora são a cintura pélvica, pé, meio das costas, cervical alta e crânio. Também as extremidades do corpo e órgãos importantes, como intestino, coração e útero.

Como se aplica

Quando o paciente chega por encaminhamento médico ou procura voluntariamente, a primeira etapa é uma avaliação completa, com protocolo específico da osteopatia. É neste momento que o profissional vai identificar os problemas, histórico e quais são as relações a distância, que podem gerar traumas e bloqueios.

Para entender → Ok, a sua dor está no pescoço. Mas, será que a causa dela está nesta mesma região? Com investigação criteriosa, é possível entender se ela se relaciona com outras partes do corpo, como crânio, tórax, pulmão ou mesmo uma cicatriz de cirurgia, por exemplo.      

            Uma vez estabelecido o problema, começam as técnicas de manipulação.Para aplicá-la, o fisioterapeuta estuda este conhecimento em um curso de especialização. Além das mãos, o consultório pode estar equipado de uma mesa articulada e móvel, que ajuda nas posições e manuseio (maca de flexo-distração). São feitos os trusts (os estalos), que promovem as liberações físicas, musculares, das fáscias, estruturais, estimulando a função dos órgãos e do sistema nervoso.

            Cada sessão dura em média 50 minutos e o plano de tratamento varia conforme o caso. Respeitando a velocidade de resposta do paciente, são agendadas novos encontros. No entanto, os resultados são sentidos já a partir da 1ª visita. Problemas recentes tendem a ter solução mais rápida, em relação aos antigos.

“Algo que a diferencia é conseguir amplificar o olhar do corpo, vendo o organismo e história do paciente de forma ampla e com ferramentas para atuar nisto, o que leva a um resultado mais rápido e definitivo”, destaca Giancarlo. E, além de ser eficiente em situações pontuais, conta com abordagem preventiva, onde o trabalho reestabelece o funcionamento do indivíduo antes mesmo que sintomas apareçam.

Fonte: Giancarlo Pavan, fisioterapeuta e especialista em osteopatia, formado pela Escuela de Osteopatía de Madrid