Paladar infantil: conheça três dicas chave para mudá-lo
Escolhas alimentares pautadas pelo prazer, limitadas, com excesso de aditivos artificiais e carentes nutricialmente. Para quem tem paladar infantil é um tal de hambúrguer, comida congelada, temperos prontos e macarrão, sempre e somente. E esta baixa qualidade e variedade alimentar afeta tanto a saúde física quanto mental.
Armado de conhecimento e acompanhamento profissional, confira três dicas para acionar no processo de mudança deste paladar restrito:
1) Não tem jeito, a iniciativa precisa partir da própria pessoa. Ninguém consegue obrigar o outro às mudanças necessárias, até por quê a ideia é que elas se façam presentes no cotidiano da pessoa e sejam permanentes. Uma legítima reeducação alimentar.
Algo que pode motivar e quebrar a barreira de experimentar os alimentos é estabelecer um objetivo que dependa de uma alimentação balanceada: ganhar massa muscular, emagrecer, ter saúde… Objetivos concretos tendem a facilitar este processo.
2) A revolução não precisa acontecer do dia para a noite. Provavelmente os maus hábitos foram adquiridos e estabelecidos ao longo do tempo. E o contrário também funciona! Inserir aos poucos novos alimentos, trocar texturas, buscar formas de preparo diferente e deixar as refeições bonitas e agradáveis.
Comida saudável não é sinônimo de coisa sem graça não! Aprender a usar temperos naturais e sentir o sabor natural também é um treino.
3) Existem alternativas. Você não gostar de morango não é o fim do Mundo. Sabe qual é a solução? Não comer morangos, oras. Não é porque todos dizem que a couve é a sétima maravilha que você precise necessariamente comê-la.
Os alimentos (salvo raras exceções) podem ser substituídos por outros com a mesma base nutricional e que te apeteçam. Trocas e composições podem e devem ser feitas para que você goste do que está comendo, e são melhor conduzidas por nutricionista.
Cuidando na infância para evitar restrições na vida adulta
Como um bônus, é importante falar que hábitos construídos na infância ajudam a evitar seletividades alimentares, como o paladar infantil. E isso começa desde a gravidez, quando a alimentação deve ser nutritiva e variada.
Os primeiros 1000 dias de vida da criança também merecem destaque e as dicas são de cumprir com amamentação exclusiva até os seis meses e evitar, até os dois anos, oferta de alimentos industrializados, principalmente com açúcar adicionado; introdução alimentar seguindo bons preceitos e buscando auxílio profissional.
O contato com alimentos saudáveis precisa acontecer ao longo do crescimento, mesmo que ela inicialmente os rejeite. Neste processo acontece o aprendizado do sabor natural dos alimentos. E, neste sentido, ver os pais e responsáveis comendo com prazer aquela fruta e legume, destacando o quanto faz diferença no organismo, é fundamental. É o exemplo positivo, com verbalização e contato visual.
Fonte: Nutricionista Lorene Yassin