Vitamina D atua no controle da imunidade; taxas adequadas beneficiam a saúde integral

Uma vitamina, que na verdade é hormônio, e que atua em todas as células do corpo. Esta é a Vitamina D, que tem catalogada mais de 1200 funções celulares. E o melhor: a principal fonte para os seres humanos é de graça e acessível, o sol.

            Uma de suas principais atuações é como imunomodulador. Isto quer dizer que consegue melhorar a resposta imune externa – a capacidade do organismo de se proteger contra infecções, bactérias, vírus e poluentes -, quanto diminui a autoimunidade – a produção de anticorpos contra você mesmo, casos se doenças autoimunes como o lúpus, por exemplo.

            E por isso é tão importante mantermos taxas adequadas dela no sangue. Uma média normal seria 50 nanogramas por ml no sangue, mas o ideal varia de pessoa para pessoa. “Um dos mais difundidos benefícios das reposições é o potencial de aumentar a absorção de cálcio, melhorando a parte óssea do corpo. Normalmente, em doses mais altas, é indicada junto com a Vitamina K2, que ajuda a levar este cálcio onde é necessário, evitando acúmulo nos órgãos”, expõe do Dr Alexandre Barão Acuña, endocrinologista e metabologista.

            Mas a realidade é alarmante. Se por um lado os benefícios estão cientificamente comprovados, os números apontam uma deficiência de Vitamina D em 80% das pessoas que residem na região do Sul do Brasil.

            E por que esta deficiência acontece?

            Existem algumas causas para a situação. A principal é a mudança de estilo de vida da sociedade, que migrou de um ambiente predominantemente rural e passa a ambientes internos de trabalho, com pouca exposição ao sol. Quando esta exposição acontece, em geral é acompanhada do uso do protetor solar.

            E esta realidade se estende a diversas áreas do planeta. Quanto mais longe da Linha do Equador (que divide a Terra ao meio, e é o local com “sol” mais forte), mais a deficiência de Vitamina D acontece. “Por estes fatores, hoje é difícil encontramos pacientes que não precisem de reposição de Vitamina D na maior parte do ano, principalmente onde moramos. Eu falo que considerando os múltiplos benefícios, não deveríamos nos contentar com níveis mínimos de Vitamina D3 no sangue, mas sim buscar níveis otimizados e mais elevados”, salienta o Dr Alexandre.

Algumas populações são mais vulneráveis a esta deficiência. Os idosos, em especial institucionalizados, obesos (a Vitamina D3 é lipossolúvel e acaba se concentrando no tecido adiposo, a gordura) e negros (por baixa absorção da pele).

            Como melhorar naturalmente seu índice de Vitamina D

            Algumas ações colaboram para você regular a sua Vitamina D naturalmente. Nos alimentos ela é pouco biodisponível – um dos melhores alimentos é o óleo de fígado de bacalhau, nos demais, aparece em pouca quantidade. Então, voltamos à ideia principal de tomar sol.

            Mas não é qualquer sol não, viu? Para captar os raios solares com maior influência na absorção, precisa ser o sol mais forte, próximo ao meio-dia e sem protetor solar (menos no rosto, que sempre precisa de proteção). Os braços e pernas devem ficar expostos por cerca de 15 minutos, diariamente. E oh, o objetivo não é queimar, por isso se aparecer sinais de vermelhidão, significa que passou do ponto.

            Já as suplementações variam de dose conforme necessidade e acompanhamento de exames. E vale a ressalva que precisam ser orientadas por um profissional.

Fonte: Dr Alexandre Barão Acuña, CRM 17824 – PR RQE Nº: 10425