Terapia: conheça algumas linhas para entender qual é indicada para você
Quem já precisou procurar um psicólogo deve ter esbarrado na dificuldade de saber qual viés teórico de trabalho ele segue. E saber esta informação é importante na hora da escolha, porque cada uma tem uma indicação. E, além do mais, pensando na individualidade das pessoas, possivelmente alguma delas combine mais com suas necessidades.
Para se tornar psicólogo, o profissional precisa passar pela faculdade de Psicologia, que dura em média 5 anos. Lá ele conhece diferentes abordagens teóricas e pode escolher se especializar. Pensando na psicologia tradicional, algumas das principais linhas terapêuticas são a psicanálise, terapia analítica, humanismo, psicologia comportamental e Gestalt.
Bem conhecida, a Psicanálise é baseada em Freud. Tem como ponto de partida que temos um inconsciente – e níveis de consciência – onde acontecem processos que podem explicar nossos conflitos. Dá grande peso aos primeiros anos de vida da pessoa, com traumas gerados no passado, e busca estimular a que os próprios pacientes tenham ‘insights’. É um processo lento, que visa aprofundamento nas questões, com o paciente falando e o psicólogo conduzindo com perguntas.
A Terapia Analítica foi criada por Jung. Discípulo de Freud – ainda que discorde em alguns pontos – também pensa em um inconsciente, aqui, um inconsciente coletivo que traz consigo símbolos compartilhados por todas as pessoas. Também é um processo reflexivo, de autoconhecimento, conduzido por perguntas e comentários do psicólogo.
A Comportamental se foca no comportamento das pessoas. Vendo onde determinado comportamento tende a se repetir, tenta fazer com que consigamos observar este padrão e, em terapia, entender como pode ser mudado. É um processo mais ativo e além das perguntas/respostas, pode propor atividades para realizar em casa, relaxamentos e leituras.
A Gestalt é uma terapia focada no presente, colocando mente e corpo como uma unidade, pensando em como a pessoa interpreta a vida. Durante a sessão, busca-se um processo de tomada de consciência. Aqui o terapeuta tem uma postura mais ativa e com intervenções.
Já a Humanista se baseia em aceitar, entendendo que a mudança se dá a partir do momento que reconhecemos que temos um problema. Todos temos dentro de nós mesmos os elementos para melhorar. Há uma exploração daquilo que o paciente deseja abordar, sem direcionamento, priorizando as experiências emocionais e oportunizando um ambiente empático.