Psicanálise busca cura da mente através da fala; conheça a terapia e saiba como ela pode te ajudar
No mergulho na mente humana podemos usar diversas ferramentas, que nos dão uma compreensão sobre traumas, problemas e correlação de manifestação física de aspectos mentais. Uma das técnicas que pode ser utilizada – e que tem se popularizado – é a psicanálise, que é a “cura pela fala”.
A psicanálise veio de Freud e é uma técnica que promove saúde mental. Ela trabalha com demandas inconscientes e comportamentos que se manifestam hoje e você não sabe a origem e/ou causa. Por vezes é confundida com a psicologia. A principal diferença entre ambas é que a psicologia trabalha com a consciência e a psicanálise com a inconsciência, com teóricos e ferramentas diferentes. De semelhante, ambas usam a fala para a cura.
“As pessoas precisam falar e a técnica permite que a pessoa se abra. Nem sempre ela tem um irmão, pai, líder religioso ou amigo para ouvir sem julgamentos. A psicanálise vai além do sintoma, trabalhando com as causas” explica o psicanalista Ademir Pedroso, expondo que se trabalha com associações livres e insights, que começam a emergir da pré-consciência para a consciência. Com isso, o paciente tem um encontro com o próprio eu.
Para entender -> Compare a mente humana com um iceberg. O que visualizamos – a ponta – é nossa consciência; a pré-consciência é o nível do mar, que já é mais amplo. Tudo que está abaixo é o inconsciente, que gera comportamentos e sintomas tanto no indivíduo quanto na sociedade. Os fenômenos do cotidiano são guardados primeiramente na consciência, passam para a pré-consciência e seguem para o inconsciente.
O nosso inconsciente emerge em vários momentos do dia. Um dos conhecidos são os sonhos, que podem ser analisados na psicanálise. Como terapia é indicada para quem busca autoconhecimento e melhora de aspectos mentais e emocionais.
Como funcionam as sessões
Os encontros seguem os modelos em que as pessoas se sentirem a vontade: podem sentar no divã (como figura no clássico imaginário popular), com uma mesa separando, lado a lado, de pé, através de desenho. Também pode ser individual ou coletiva. Ela avalia o sujeito da infância a fase adulta, como está estruturado em família e na sociedade, dando ampla liberdade de expressão e proporcionando um espaço seguro e sigiloso.
Usa-se o método catártico, onde se cria um ambiente favorável para que se suporte as revelações que encontre. Passa a ressignificar situações. “A partir do momento que ela fala, sente que começa a ficar mais leve, paramos de ouvir tanto a voz do outro e damos ouvido a nossa própria. Ao começar a existir, o sintoma começa a minimizar. Passa a se conhecer melhor e se perceber como funciona”, ressalta Ademir.
As sessões devem sempre ser conduzida por psicanalistas habilitados. Hoje, para exercer a profissão, os interessados precisam fazer um curso livre, que varia de grade e exigências conforme a instituição.
Fonte: Ademir Pedroso, psicanalista CEO da Clínica TRIPSI: Psicanálise Psicologia e Psicopedagogia e fundador do Instituto de Psicanálise e Arte Visão alternativa