Microfisioterapia trata da causa de doenças; técnica manual muda a forma de entender patologias

            Nosso corpo tem memória! Seja do que vivenciamos de forma física, química ou emocional. E esses registros podem alterar o funcionamento corporal, gerando um desequilíbrio do organismo. E é aí que entra a microfisioterapia: com palpações, ela visa desbloquear estes pontos e tratando a causa das doenças, estimulando a autorregulação do corpo.

            Sabe aquela dor na lombar que você faz fisioterapia há tempos, mas não vê melhora? Ou, ainda, dores de cabeça que aparecem sem que você consiga identificar um gatilho para as crises? São exemplos de casos em que a microfisioterapia faz a diferença. Mas a gente pode expandir e acrescentar rinites, depressão, ansiedade, alergias, dores articulares… No fim, é indicada tanto para problemas físicos quanto psicológicos.  

Para entender –> O profissional vai trabalhar com palpações superficiais – seguindo mapas corporais estabelecidos pela técnica – buscando áreas que estão em desequilíbrio. Com estímulos manuais corrige os problemas. A partir disso, o corpo entra em um processo de autorregulação, que reflete diretamente no estabelecimento da saúde.

            Própria da fisioterapia, esta técnica de terapia manual existe há cerca de 30 anos. “Baseada em ciência, o objetivo é buscar as causas primárias das patologias. Não apenas sintomas, mas o que as causou”, reforça a fisioterapeuta Michelle Madalozo Uliana, que atua na área há 6 anos. A aplicação não tem restrições, sendo indicada desde crianças, gestantes, até adultos e idosos.

A memória corporal que gera áreas de bloqueio pode ter origem nas situações do dia a dia (às vezes nem lembramos conscientemente), como abandono, medo e autodesvalorização. O corpo pode carregar este registro, que muda o funcionamento local e podem aparecer em forma de doenças ou sintomas. 

Aplicação da técnica

Depois da anamnese (onde o profissional entende o perfil e histórico do paciente), a aplicação é feita na maca. Ah, e para tirar uma dúvida comum: tudo é feito por cima das roupas. O profissional começa as palpações, buscando as áreas conforme indicação dos mapas e, na sequência, faz a correção (também com toques).

Cada sessão dura em média 1 hora. “É possível aplicá-la apontando o que vamos encontrando, e corrigir o bloqueio. Mas isso não é regra e depende de cada profissional. O processo reflete em uma melhora física e emocional, através da manipulação de todo o corpo”, explica Michelle.

Um ciclo de tratamento conta com no máximo quatro sessões, com intervalos a partir de 40 dias, que é o tempo para que as memórias estejam aparentes novamente. Para estabelecer o protocolo são feitos testes corporais, e, portanto, são individuais. Também pode ser aplicada preventivamente, já que existem tanto os sintomas ativos quanto os latentes.

Fonte: Michelle Madalozo Uliana, fisiterapeuta CREFITO: 97798-F