Inserir comida de verdade no prato garante uma alimentação mais saudável
Um prato colorido, composto de legumes, verduras, grãos e carne. Sabe o bom e velho feijão, arroz, bife e salada do brasileiro? Pois bem, este é um excelente exemplo do que é comida de verdade, aquela que faz bem e deve ser cada vez mais inserida em nossa rotina. Quem conta mais sobre isso é a nutricionista Paula Jabur.
Quando pensamos no longo prazo, mais importante que uma dieta são os hábitos alimentares possíveis em cada realidade, que consigam ser adotados por toda uma vida, a conhecida reeducação alimentar. “O ideal é buscar uma alimentação que as pessoas levem para sua vida, com escolhas inteligentes e alimento de verdade”, salienta a nutricionista.
E como sabemos o que é ‘comida de verdade’? É aquela mais próxima da fonte original, ou seja, é menos processada ou até mesmo pode ser consumida in natura. Para ser caracterizado desta maneira, em sua composição precisa ter menos de 5 ingredientes, o que conserva mais os nutrientes próprios do alimento. Ela também apresenta prazos de validade menores, já que tem menos conservantes adicionados.
Ler o rótulo é importante. Ele vai revelar pra você o que contêm na embalagem e os processos (ou não) pelos quais passou. Vale a dica: o 1º ingrediente é sempre o que mais tem no produto, então se o que aparece primeiro é açúcar, adivinha? A sua base é justamente o açúcar. Também, o açúcar pode estar disfarçado na fórmula, com nomes como xarope, acidulante e carboidrato.
“O segredo para uma dieta saudável é o equilíbrio. Podemos comer alimentos processados e não tão saudáveis, desde que não sejam hábitos, e sim exceção. Precisamos fortalecer a base alimentar, que é comer carne, feijão, salada, ovos, legumes e frutas”, explica Paula.
Para montar o prato ideal e balanceado devemos seguir o seguinte cálculo: metade dele deve ser de verduras e legumes; a outra metade você divide em dois, com uma parte de proteína animal e a outra de carboidrato (inclusos as proteínas do reino vegetal, que são principalmente a lentilha, grão-de-bico, feijão e ervilha), ou seja, 25% de cada.
Como inserir na rotina
O paladar de quem está acostumado aos ultraprocessados (como comida congelada, fast food e bolachas recheadas), refrigerantes e doces acaba viciado. Isto porquê eles não são gostosos por acaso! Toda sua fórmula é pensada adicionando produtos que nos atraiam pela cor, cheiro e textura. Pode ser que depois de tomar refrigerante todos os dias, a fruta isolada pareça menos doce.
A primeira dica é diminuir o consumo e fazer substituições. Aos poucos educando o paladar para opções saudáveis, introduzindo alimentos diferentes aos poucos, de acordo com a aceitação de cada pessoa.
Outra possibilidade é aprender novas receitas. Às vezes não é que você não goste de berinjela, talvez a versão dela em molho que não te agradou – tente as opções assadas, em compotas, defumadas.
Aqui também entram os temperos naturais (nada dos temperos prontos industrializados, com sódio e glutamato de sódio). Comece a usar e abusar dos temperos da horta, como alecrim, cúrcuma, canela, tomilho, louro, pimenta, cominho, manjericão, hortelã, salsinha, cebolinha e orégano – a lista é enorme! Mais uma dica: vale a pena conhecer as versões mais saudáveis de produtos que você gosta. É o caso de substituir o chocolate ao leite pelo 70% cacau, por exemplo, açúcar demerara ao invés do branco ou optar pelas versões integrais, que tem mais fibras e nutrientes.
Fonte: Nutricionista Paula Jabur, CRN 8-11574