Dormir pouco ou mal traz impactos para a saúde física e mental

Depois de uma noite mal dormida (ou várias) você já sente os efeitos: maior irritação, sonolência ao longo do dia, cansaço, queda no rendimento, dores de cabeça… Ainda que passageiros, os efeitos da falta de sono de qualidade impactam nosso corpo e cérebro, afetando as demais atividades do dia a dia e funções corporais. E, repetidamente, podem trazer mais impactos para a saúde física e mental do que estes momentâneos.  

Dormir pouco ou mal cotidianamente cobra seu preço para o organismo. Aumentam os riscos de desenvolver obesidade, diabetes, pressão alta, alterações de humor, depressão, ansiedade, inflamações, prejudica o sistema imune, memória, aprendizado, problemas cardíacos, pode gerar atraso de crescimento e diminui a velocidade das reações (o que pode levar a mais acidentes).

É quase um efeito em cascata: sua pele vai ficar com mais linhas de expressão, olheiras, os músculos terão dificuldade em se recuperar (afetando, por exemplo, os resultados do seu treino de força), o rendimento no trabalho fica difícil, a irritabilidade dificulta a convivência, o seu sistema imunológico enfraquece…

            A quantidade ideal depende da sua idade e necessidades do organismo. Em geral, são recomendadas para adultos entre 7 e 9 horas diárias de sono. Em bebês, este número chega até 17 horas, e vai diminuindo conforme aumenta a idade. No caso dos idosos, chega próximo às 7 horas, dentro da normalidade.

É durante o sono que o corpo recupera suas energias, regulariza a ação hormonal e do metabolismo. Também é o momento que acontecem novas conexões para aprendizado e memória e os tecidos do corpo são reparados – cicatrização de feridas, recuperação muscular e dando aquela forcinha para o sistema imune.

Além da quantidade, a qualidade também precisa de cuidados para que o processo de recuperação do corpo se estabeleça. Sabe a sensação de acordar cansado? Pode ser que tenham fatores interferindo neste sono, como excesso do uso de telas, luzes, barulhos, ansiedade, excesso de comidas pesadas, problemas respiratórios e outros. Vale a pena investir em uma boa higiene do sono, e quando o problema persistir, investigar com especialistas quais podem ser as causas que atrapalham.

            E os cochilos durante o dia, podem integrar este total de horas descansadas? A resposta é que não. Por mais relaxantes que possam ser – e podem ser mantidos, em quantidade que não prejudique o seu sono noturno – não conseguem chegar nas 5 fases necessárias.

Para ser efetivo, o sono passa pela Fase 1 (adormecer); Fase 2 (sono leve, quando diminui o ritmo cardíaco, respiratório e a temperatura corporal); Fase 3 (inicia o sono profundo, diminuindo as funções corporais); Fase 4 (sono profundo, importante para repor energias e no processo de recuperação celular); Fase REM (momento dos sonhos e que o cérebro processa acontecimentos e informações do dia).