Além do emagrecimento: estratégia alimentar do jejum intermitente promove melhora global do organismo

Mais do que uma dieta, com princípios e indicações. Praticar o jejum intermitente envolve o entendimento das janelas de alimentação, quebra do jejum e reeducação alimentar. Conheça a prática, tire dúvidas e veja se pode ser uma boa opção para você!

            Começando do começo – assim como o nome sugere – a estratégia do jejum intermitente se baseia em períodos de jejum prolongado e de alimentação. Pode ser feito diariamente (com intervalos como 8, 12, 14 e 16 horas), em dias alternados ou pontualmente na semana.

            O que determina a frequência e quantidade é o estilo de vida, prática de atividade física e adaptação do paciente. Em geral, o perfil de pessoas que se adaptam à ele envolve quem não sente fome pela manhã; àqueles que já pulam esta refeição; pessoas que não fazem treinos intensos cedo; crenças religiosas com restrição alimentar (como os muçulmanos); os que se interessam pela modalidade.

Na prática à Você recebe orientação do seu nutricionista e decide começar a fazer jejum intermitente. Provavelmente vai começar com número menor de horas, por exemplo realizando a última refeição às 20 horas e voltando a se alimentar no almoço, às 12 horas. Entre às 12 e 20 horas, realiza refeições com déficit calórico, nas quantidades e com os alimentos indicados para sua realidade.

Benefícios

            Quando adotado a longo prazo, vários estudos apontam benefícios do jejum intermitente. Há relatos de maior consciência ao que se come; ajuda na resistência à insulina (pelo controle de açúcar no sangue, ao não ter picos de glicemia ao longo do dia); emagrecimento; marcadores inflamatórios diminuem (como risco de doenças cardiovasculares); pacientes com doenças crônicas (hipertensão e diabetes, por exemplo) tendem a se beneficiar; para emagrecimento; reflete positivamente no ciclo circadiano do organismo.

            “O jejum intermitente é umas das técnicas que trabalho, porque reamente vejo que muitas pessoas que não onseguem lidar com a comida de forma saudável, ao iniciar o protocolo tendem a conseguir se controlar mais. Vejo que a parte psicológica funciona. Além de tudo, pesquisas apontam os benefícios amplos para o organismo”, explica a nutricionista Alessandra Godoy.

            Pode ser indicado a partir dos 16 anos até idosos. Não é recomendado para grávidas, pelo estado biológico diferente e com necessidades próprias. Também, algo a se evitar são pacientes com compulsão alimentar.

            O que pode e o que não pode

            Durante o jejum estão liberados água, chás e café – desde que sem açúcar e adoçantes. Uma especial atenção está na refeição que ‘quebra’ o jejum, já que o corpo vai estar muito tempo sem receber alimentos. Por exemplo, ingerindo carboidratos simples e em grande quantidade, que é o caso de um macarrão, os benefícios do período sem comida serão perdidos pela absorção rápida do organismo e picos glicêmicos.

            Na quebra precisam estar presentes carboidratos complexos (como batata doce e arroz integral); gorduras boas (azeite de oliva, nozes, abacate…); proteína, com a função de evitar perda de massa muscular; e fibras (com verduras e legumes).

            Ao longo do dia as refeições também devem ser balanceadas, com atenção para a última refeição do dia. Outra indicação é a escolha por frutas com índice glicêmico menos, como melão, mamão, kiwi e morango.

“Jejum intermitente é uma técnica que está muito falada, mas precisa de cuidado e buscar um profissional é fundamental. Ele está apto a entender a melhor estratégia para você – avaliando rotina, atividade física, sono, suplementação… – e faz uma série de cálculos”, reflete Alessandra. Feito de maneira errada, por levar a perda de massa muscular ao invés de gordura e levar a desconfortos e perda de rendimento.

Fonte: Alessandra Godoy, nutricionista