O que é a hipnoterapia e como ela pode te ajudar no seu dia a dia
Pessoas caindo ao toque da mão, imitando galinhas e mordendo grandes cebolas, achando que é uma maçã e não se lembrando de nada depois. Talvez esta seja a imagem que povoa o imaginário popular quando falamos de hipnose. Mas esqueça de tudo isso (que até pode ser verdade em alguns segmentos), porque quando falamos de hipnoterapia, a hipnose é só um instrumento para levar a melhora ao paciente e principalmente: com ele sempre consciente.
Se por um lado a hipnose vem de muitos séculos, o seu uso como terapia é recente. A hipnoterapia começa a existir desta forma há pouco mais de 10 anos. Ela é utilizada para acessar o subconsciente da pessoa e tratar um problema, em geral, de cunho emocional e psicológico. É indicada e eficiente para casos como de ansiedade, depressão, síndrome do pânico, fibromialgia e fobias.
A hipnoterapia é aberta para pessoas a partir dos 6 anos. Uma das características que mais chamam a atenção dos pacientes é a brevidade do tratamento. Diferente de outras técnicas e terapias, tem como distinção resolver problemas em poucas sessões. A quantidade de encontros é variável (também existem vertentes distintas). O Instituto Brasileiro de Hipnoses e Terapias indica 6, por exemplo.
Para aplicar a técnica não é preciso ter uma formação na área médica (como psicologia, por exemplo). O curso é ministrado em níveis, que variam para cada entidade, já que não são regidos por um conselho regulamentador.
E onde eu posso fazer esta terapia?
Ela existe na modalidade presencial e a distância. Ou seja, em uma rápida procura na internet você encontra diversas opções, e se quiser fazer pessoalmente, Ponta Grossa já conta com profissionais atuando na área.
Uma destas profissionais é a Eliete Falcão, que trabalha há 5 anos no cenário local. Formada pelo IBHT, ressalta que como seres individuais, cada um deve buscar o que funciona para você e que, se você estiver aberto, a hipnoterapia pode ser uma excelente ferramenta. Vale o destaque também que é possível praticar a auto hipnose.
No caso de Eliete, ela pratica sessões mais profundas, com a quantidade variando conforme o paciente, chegando até 6. Os encontros são 1 vez na semana, ou quinzenalmente nos casos mais leves. “Muitas pessoas vem aqui e com uma única sessão resolve a questão. É preciso relembrar que nosso passado não nos define, decidimos quem queremos ser hoje. Somos corpo, mente e espírito, quem manda é a mente: se você estiver mentalmente bem, tudo vai bem na sua vida, o corporal vai bem, o espírito vai bem”, ressalta.
E como a hipnoterapia funciona?
O uso da hipnose é uma ferramenta que acessa o subconsciente do paciente. O foco é para que a própria pessoa encontre mecanismos para superar e aprender a lidar com o ponto de incômodo, minimizando a dor gerada. Em muitos casos, até mesmo a eliminando por completo.
Em um primeiro encontro, paciente e terapeuta vão juntos conversar para avaliar qual é o real problema da pessoa, indo dos sintomas até encontrar sua causa e criando confiança. Depois, chega o momento de fazer uma regressão consciente: através de relaxamento, deitado na cadeira, com um fundo musical e trabalhando sua respiração. Há uma diminuição da frequência cerebral, sem, no entanto, perder em nenhum momento a consciência. É a ocasião de limpeza das dores emocionais.
Todo o processo é feito com o paciente acordado, sendo o papel do terapeuta de conduzir o processo e acessar memórias. Se o paciente é o motorista, o hipnoterapeuta é o GPS que mostra o caminho. A mente fica relaxada. Depois, é feito uma ressignificação do trauma, fazendo o subconsciente registrar uma nova ideia e tirando a força do episódio. Finalizando, a pessoa volta ao estado de vigília.
Eliete cria uma imagem para facilitar: a mente é nosso computador. Na área de trabalho, temos os programas e arquivos que acessamos cotidianamente. Para um bom funcionamento da máquina, precisamos constantemente considerar o que ainda é válido e o que precisa ser desinstalado. A hipnoterapia serviria como instrumento para organizar a mente – neste caso, sua área de trabalho. Com reprogramação você coloca na lixeira o que não serve mais, abre pastas (subconsciente) e consegue deixar para trás os arquivos que estão pesando o sistema.
Puxa, e será que eu vou conseguir fazer?
Essa é uma das dúvidas recorrentes. Vale explicar: acessamos nosso subconsciente diariamente, como um processo natural. Fisiologicamente, com foco e atenção todos são capazes de passar pelo processo. Mas é importante o paciente estar disposto a tratar o problema e se permitir, porque o profissional não pode “invadir” o outro.
Ou seja, você quer mesmo resolver esta questão? Se a resposta for sim e você escolher a hipnoterapia: relaxe! Procure um bom profissional, aproveite a sessão, confie no processo e pode ter certeza que você vai conseguir.
Fontes: Instituto Brasileiro de Hipnoses e Terapias
Eliete Falcão, hipnoterapeuta há 5 anos