Yoga visa união de corpo e mente através de posturas e respirações

Postura do guerreiro, cachorro invertido, palmeira, criança e do gato são novidades para você? Pode ser que sim, mas com certeza já ouviu falar da prática milenar do yoga, da qual elas fazem parte. Para além de um exercício físico, seu objetivo é a busca por uma conexão entre corpo e mente.


As posturas que compõe sua prática imitam poses da natureza, como plantas e animais. Menos conhecidas e tão importantes quanto estão presentes as respirações (ou pranayamas), mantras e meditação. Com este conjunto, proporciona bem-estar físico e mental.


E ela é democrática: com adaptações, contempla desde crianças até o público idoso, incluindo gestantes, pessoas com deficiência e acima do peso. Professora de ioga há 7 anos, Paola Bagetti resume: “Yoga é para quem busca o autoconhecimento. Um aluno iniciante sente o desafio, porque precisa pensar em como respirar e nas posturas em si, mas com a constância, passa a incorporar aquilo”.


Em termos físicos e na proposta de mover o corpo para uma vida saudável, promove o fortalecimento do corpo, flexibilidade dos músculos, equilíbrio e mobilidade das articulações (como quadril, ombro e coluna). No campo mental, busca o autoconhecimento e, com a constância, é aliada para diminuir a ansiedade.


Pode ser desde uma prática diária até semanal, individual ou em grupo. Para além da perspectiva de ser guiada por um professor, com o tempo e assimilação, o aluno consegue desenvolvê-la de modo autoguiado.


Elementos que compõe uma aula
Respeitando as variedades e formas, existem elementos comuns que compõe a prática de yoga. Vale o destaque que não necessariamente se passam por todas as etapas e que, em geral, a proposta é de 1 hora para que sejam contempladas. Além do tapete – conhecido por mat, onde o aluno se posiciona – podem ser usados acessórios como cintos, bloquinhos, almofadas e mantas, que ajudam na adaptação e conforto do aluno.

No Hatha Yoga, o começo se dá com os kryas (que são exercícios de limpeza com foco no abdômen), feitos para aquecer e estimular. Também são feitas limpezas físicas e energéticas.

As posturas propriamente ditas – os asanas – vão das mais simples às mais complexas. O número não é consenso, com algumas linhas partindo de 32 e outras estabelecendo mais de 100, mais variações. Podem ser feitas em pé, sentado, deitado e adicionando movimentos fluídos. “Não necessariamente uma prática precisa ter posturas difíceis, ela pode contemplar e se adequar a qualquer pessoa”, reitera a professora Paola. O desenvolvimento é individual e os resultados vem a medida que há a integração entre corpo e mente.

As respirações – os pranayamas – estão ligadas com a energia vital e são um dos modos de conectar o exercício exterior com o interior. Existem em menor número que os asanas e promovem a respiração correta, com variações que usam todo o pulmão, respiração curta, com intervalos, apneias e unilaterais.

Na parte final acontece o relaxamento – na postura do cadáver, a savasana – que promove o descanso. É o momento de entrega e experiência do corpo de outra forma, depois das movimentações energéticas promovidas durante a aula. É uma das formas de baixar a frequência mental para entrar em processos meditativos, que também podem ser orientados pelo professor.

Histórico
O yoga surge na Índia há mais de 2 mil anos passando por diversas modificações e influências até chegar ao ocidente no sec XX, já com estudos científicos que comprovam os efeitos benéficos no corpo. Baseado em textos antigos que embasam e guiam a prática nos dias atuais, é dividida em vertentes com diferentes focos, como Hatha, Bhakti e Mantra.

Ainda, algumas propostas modernas misturam ginástica e dinâmicas em suas aulas. Em comum, todas são ferramentas para um mesmo objetivo, visando a percepção consciente de si próprio e entendendo quem somos em essência. Com um olhar mais amplo instiga a empatia para com o outro, procurando um Mundo agradável para todos os seres.

Fonte: Paola Bagetti, professora de yoga