Nutricionista do esporte ajuda na melhora de performance na atividade física, desde atletas até quem busca qualidade de vida

            Entre os pilares de uma vida saudável, a atividade física recebe papel de destaque. E, ao estarmos com o corpo em movimento, nossas demandas nutricionais mudam. E é por isso que a figura do nutricionista do esporte ganha relevância, seja para praticantes de esportes de alta performance, quem busca estética ou qualidade de vida.

            E essa busca pode ser motivada quando já se é adepto da atividade física e percebe fadiga, dificuldade de hipertrofia e estagnação, mas também funciona para aqueles que estão saindo do sedentarismo. Para exemplificar, são casos de quem faz exercício e se sente demasiado fadigado no final, que quer hipertrofia (aumentar músculos) e faz academia por  muitos anos e não consegue evoluir, ou ainda aqueles que praticam esportes e querem melhorar a performance.

            A principal diferença entre um nutricionista geral e um específico do esporte é seu conhecimento mais profundo das demandas nutricionais de um organismo que pratica atividades físicas regularmente. Inclusive, em uma consulta com um profissional generalista, ele pode encaminhar para um especialista quando achar necessário, assim como funcionam as especialidades médicas.

            “Qualquer nutricionista é capaz de cuidar das pessoas que querem qualidade de vida, melhorar a alimentação e valor nutricional. No entanto, focando neste nicho, conseguimos atender demandas específicas”, explica a nutricionista do esporte Cauana Lachmann. Podem se beneficiar deste conhecimento desde crianças até idosos, quem já tem a consistência da prática física ou quem quer construir bons hábitos.

Como é a consulta

            O primeiro encontro é mais longo, quando o profissional busca entender a história do paciente, seus objetivos, sinais, sintomas, análise de preferências alimentares e de exames bioquímicos. Também é feito a avaliação da composição corporal (percentual de gordura e massa magra), para fazer acompanhamento da evolução.

O plano alimentar vai ser construído a partir destes resultados, com foco no paciente. Ao longo das próximas consultas, ele pode ser alterado conforme a necessidade e mudanças de objetivo.

Esta alimentação vai cuidar primeiramente nos macronutrientes – carboidrato, proteína e lipídio – e depois dos micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais.

Um elemento chave para os praticantes de esporte é a proteína, que aumenta sua demanda nesta situação. Ela não é armazenada pelo organismo, e se não houver reposição adequada, será utilizada o nutriente que está nos músculos, dificultando evolução nos treino e esportes. Algumas fontes de proteínas são a carne vermelha, peixes, ovos, iogurte, carne de frango e leguminosas, sendo o ideal um consumo porcionado, ao longo de todas as refeições.

“Algo que sempre ressalto são cinco hábitos básicos para a saúde e qualidade de vida: tomar água; incluir 5 vegetais diferentes ao dia; 3 frutas; dormir bem e praticar atividade física. Criando consistência, ele farão a diferença positiva na vida de vocês”, ressalta Cauana.

Suplementações

            Outro elemento que pode estar presente nos planos alimentares são as suplementações. Eles são indicados observando a individualidade e necessidade do paciente, com reposição de vitaminas, nutrientes e minerais. E, como o nome sugere, servem apenas como complemento da alimentação, em horários e situações em que não é suficiente ou por praticidade.

            O foco é fortalecer a base alimentar e incluir suplementos conforme cada caso. Uma das situações em que é usado, por exemplo, é quando o paciente teria dificuldade de comer o equivalente de proteína que o organismo demanda naquele momento, como no pós-treino.  Toda suplementação deve ser indicada por um profissional, que vai calcular quantidades e momentos que vão ao encontro da realidade da pessoa.

Fonte: Cauana Lachmann, nutricionista do esporte