Conheça a abordagem multiprofissional na área de estética
Uma gordurinha aqui, uma ruga ali, talvez uma acne. É comum termos queixas – ou pessoas próximas a nós – e as soluções estéticas são uma das ferramentas que podem colaborar em uma percepção melhor de nós mesmos e na nossa autoestima. Uma das abordagens possíveis no ramo (e pouco difundida) é a multiprofissional.
Diferente de outras especialidades da saúde, em sua maior parte a estética é composta de procedimentos eletivos. Ela trata de coisas que trazem algum transtorno para o paciente, que pode ser visual, social ou psicológico. E por isso, a seriedade dos profissionais que atuam vira referência para ofertar o melhor tratamento, pensando nas necessidades reais de cada caso. Quando falamos de multiprofissionais, pensamos em diferentes áreas se complementando para entregar o melhor resultado, trabalhando de forma integrada.
Nestes casos, o primeiro passo é realizar uma investigação com o paciente, com avaliação completa. Com base nas queixas, é elaborado um plano terapêutico individualizado, elaborado a partir da discussão junto com outros profissionais. Neste plano constam a visão da equipe e os recursos disponíveis para conseguir entregar os melhores resultados.
“As análises são feitas caso a caso. Às vezes procedimentos muito mais caros vão entregar resultado semelhante para àquela pessoa. Também, calculamos os riscos. Ou seja, é preciso pensar no custo e benefício (tanto físico como financeiro)” reforça a enfermeira Adriana Cristina de Oliveira Alves, que atua há 6 anos na área de estética.
A abordagem multiprofissional
A prerrogativa para seguir esta linha de pensamento é por cada profissional ter uma formação e atuação voltada para determinado aspecto. Quando chega ao limite deste conhecimento, é quando outro profissional entra para complementar: tudo isso pensando em potencializar resultados. Não existem áreas específicas necessariamente compõe este quadro, sendo mais importante a variedade das mesmas e que todas atuem com o mesmo objetivo.
Aqui estamos pensando desde médicos, nutricionistas, educadores físicos, enfermeiros, fisioterapeutas e até dentistas. “Voltando nosso olhar à estética, o que percebemos é que quando é um único profissional faz tudo e atua sozinho, fica limitado. As pessoas acabam enxergando a estética como um corte de cabelo, porém, estamos falando de organismos diferentes e que vão reagir de diferentes formas. Precisa ter o estudo disso e saber manejar riscos”, salienta Adriana.
O paciente deve ser visto como um todo. Pensemos neste exemplo: alguém se incomoda com gordura localizada e procura tratamentos para a região abdominal. Como seria a atuação multiprofissional: às vezes pode enfrentar uma compulsão alimentar – caso em que é atendido pelo psicólogo; precisa de plano alimentar, com nutricionista; também, avaliação física e exames, como perfil lipídico e glicemia; o educador físico precisa corrigir o gasto calórico e repassar plano de exercícios.
Outro aspecto importante lembrado pelo Dr Sollon Alves, que é médico com pós graduação em nutrologia e pratica esta abordagem, é de que nas relações humanas existem fatores de empatia e que a variedade de profissionais pode ser positiva em encontrar os melhores profissionais para cada paciente. “Todos os profissionais estão sabendo do caso e em contrapartida o paciente pode responder melhor”, salienta.
E assim como todos os aspectos da saúde, cabe ao paciente fazer sua parte. Pensando nos seres como um todo, o que você come, bebe, pensa, faz e utiliza interfere nos resultados. Em poucas palavras: não existem tratamentos milagrosos.
E no quesito “hora ideal” para procurar ajuda, a estética se assemelha às demais áreas médicas: a prevenção ainda é a melhor pedida. Além de mais barato e efetiva, se torna menos invasiva e trabalhosa – tanto para o paciente quanto para o profissional.
Fontes: Adriana Cristina de Oliveira Alves, Enfermeira pós graduada em Saúde Estética e com graduação em Estética e Cosmetologia
Dr Sollon Alves, pós-graduado em Medicina Estética, pós graduado em Nutrologia e Médico de Família, CRM/PR 22.363