Baixa umidade traz sintomas desconfortáveis; entenda por quê isso acontece
Chega o tempo seco e nosso corpo já dá sinais de incômodo, não é? Mesmo quem não tem doenças pré-existentes sente os efeitos da baixa umidade do ar, como dificuldade para respirar, nariz irritado e garganta ardendo. Saiba identificar outros sintomas relacionados e como amenizá-los.
Sob o ponto de vista da saúde, o ideal é que a umidade relativa do ar fique em torno de 60%; números menores que 30% já começam a trazer desconfortos. Nos casos de pessoas com doenças respiratórias – a exemplo da bronquite, asma, enfisema pulmonar e rinite – a situação tende a se agravar. Outros grupos sensíveis são os fumantes e idosos (que naturalmente sentem pouca sede e tomam pouca água).
E por quê estas condições nos afetam? A explicação é simples: sendo a água um elemento básico do organismo, a redução da quantidade normal afeta o seu funcionamento. Inclusive durante a respiração há perda de água, devido à troca com o ambiente. Enquanto os níveis de umidade estão dentro do normal, esta perda acaba sendo reposta e/ou diminui. Com o tempo seco, está perda é aumentada, podendo causar sintomas.
Entre eles estão a falta de ar, sensação de respiração pesada, com dificuldade para respirar durante a prática de atividade física. Pode ocorrer também chiado no peito, dor no peito, nariz e olhos irritados, espirros, garganta ardendo e coceira no ouvido. Outra consequência é a maior impureza do ar: sem a chuva, as partículas – poluição, poeira e pólen – ficam suspensas no ar, deixando-o mais sujo e seco.
É por isso que durante dias prolongados sem chuva precisamos ter cuidado redobrado com a hidratação. Inclusive tomando água antes de sentir sede. Sem ingerir a quantidade indicada à sua constituição corporal, pode levar à queda de pressão, diminuição da diurese, dores de cabeça e tonturas.
Enquanto algumas pessoas podem sentir desconforto passageiro que pode ser amenizado com ingestão apropriada de líquidos, hidratação dos olhos e narinas com soro fisiológico, quando há persistência de sintomas por mais de 2 semanas, a indicação é buscar orientação médica para investigação e tratamento adequados.
Fonte: Dr Helder Ribeiro, médico pneumologista