Descongestionante nasal: por quê você deveria parar de usá-lo sem receita agora mesmo
Tempo seco, rinite, alergias, coceira e você já corre comprar um descongestionante nasal? Pois saiba que este não é um bom hábito e que o medicamento deve ser usado somente com indicação médica. Dor de cabeça, pressão alta e sangramento nasal estão entre as consequências.
O perigo se dá especialmente pelo excesso e uso prolongado. E ele acontece porque dentro da sua fórmula existe uma substância vasoconstritora. Contraindo o vaso sanguíneo, há diminuição do inchaço no nariz, o que leva a sensação de destrancá-lo. Mas este processo diminui a circulação de sangue no nariz, e, com a quantidade e frequência exageradas e sem controle, pode causar problemas neste fluxo, com sangramentos e lesões graves, como perfuração no nariz.
Ainda pensando na contração das veias, porém ampliando o impacto para a circulação sanguínea de todo o corpo, o uso do medicamento pode levar a crises de pressão alta, dores de cabeça ou a desenvolver problemas de pressão. É só imaginar: se o vaso sanguíneo diminui de tamanho, o espaço que o sangue tem é menor, logo há aumento na pressão. E isso impacta negativamente o organismo submetido a esta condição continuamente.
Ser facilmente encontrado nas farmácias leva a falsa impressão que o uso está liberado. “O uso prolongado também causa dependência. É um ciclo vicioso: pessoa limpa o nariz, destranca, passa o efeito. O que leva a usar cada vez mais para ter o mesmo efeito mais vezes” explica o médico pneumologista Hélder Ribeiro. Ele reforça que o descongestionante nasal só deveria ser usado com indicação médica.
Ao usar indiscriminadamente este descongestionante nasal, a pessoa pode mascarar algo mais grave ou que tenha solução definitiva. O ideal é buscar a causa do problema, cujo sintoma é a congestação nasal. Buscando um profissional capacitado, ele vai investigar a origem e buscar tratamentos adequados.
Fonte: Dr Helder Ribeiro, clínico médico e pneumologista