Envelhecimento e engasgos: confira sinais de disfagia em idosos
O envelhecimento é um processo inevitável e que atinge todo o corpo. Perde-se a musculatura e há uma flacidez natural. A região da boca também sofre com as marcas do tempo, o que pode levar a dificuldade de engolir e engasgos, em uma condição chamada de disfagia.
Faça a imagem → Com o passar do tempo, a língua não alcança a boca da mesma forma. Os dentes já não são os mesmos, a musculatura do rosto fica mais fraca, o que gera piora na mastigação. A úvula (popular campainha) já não sobe na hora que precisa e até a voz envelhece, com a presbifonia, quando a prega vocal faz uma fenda.
Este conjunto de fatores pode levar a uma dificuldade de deglutição, que consiste do caminho que o alimento faz da boca até o estômago. E o principal sintoma de disfagia e que a caracteriza são os engasgos. Na classificação leve – a porta de entrada com o público idoso – a pessoa consegue se alimentar, ainda que tenha alteração em alguma fase da deglutição.
A melhor maneira de saber se é o seu caso ou de alguém que você convive é ficar atento aos sinais mais comuns, que são tosse durante a refeição; pigarro; voz úmida depois que come; se afogar; perda de apetite – como comer se torna difícil, há um distanciamento da comida; sensação de comida parada na garganta; voz fraca.
Ainda na fase leve da condição, a pessoa começa a mudar a alimentação mesmo sem perceber: adota alimentação mais mole e pastosa, diminui a ingestão de carne e produtos que demandam mastigação, usa água entre cada mordida. A tosse e o pigarro não são eficazes. Por estas adaptações, tende a demorar para perceber que algo está errado e buscar ajuda.
“Nehum grau de disfagia é normal. Ela pode ser leve hoje, mas e daqui 2 anos? Às vezes com disfagia leve e úvula que perdeu a força de elevação, com exercícios diários orientados por profissional, é possível em 5 dias já ter resultados positivos. Sempre existe como melhorar e por isso é importante buscar ajuda”, destaca a fonoaudióloga Cíntia Cenovicz.
O tratamento nestes casos envolve o fonoaudiólogo, que faz avaliação completa da situação e indica melhores condutas terapêuticas. Em geral são necessárias sessões em consultório de 1 a 2 vezes por semana, complementadas com exercícios diários realizados em casa, sob orientação.
Fonte: Cíntia Cenovicz, fonoaudióloga