Drenagem linfática é opção para ajudar a eliminar toxinas do organismo
Alimentação inflamatória, dormir mal e excesso de sal são alguns dos fatores que podem fazer seu organismo ficar com fluídos acumulados. Que, na verdade, é quando o processo de reter líquidos é maior do que a capacidade do corpo em eliminá-los. E é aí que a drenagem linfática entra em cena como opção para dar uma ajudinha ao seu organismo.
Com movimentos suaves, distribuídos por todo o corpo, a drenagem linfática promove uma ‘limpeza’. Bastante associada a tratamentos estéticos e pós-cirurgias, a técnica ajuda o corpo a eliminar toxinas ao aumentar a velocidade e volume do líquido que vai ser transportado.
Para entender –> Este acúmulo de líquido (linfa) pode estar no corpo todo. É como se os pontos ficassem sujos, como um ralo. A drenagem faz a limpeza deste ralo, para que o excesso de água possa ser escoado em melhor volume.
Ela é indicada para casos como cansaço nas pernas, inchaços, dias em que exageramos na alimentação, noites mal dormidas, pessoas com problemas hormonais, pós-operatórios e para diminuição de medidas. Um uso que tem se popularizado é o de drenagem facial, para casos como de bruxismo e síndrome de Mènière (vertigem por acúmulo de água no ouvido).
Como funciona
Depois da anamnese, o massoterapeuta começa com a ativação perto do coração, que é o maior canal. Os movimentos começam menores e vão aumentando, em direção às extremidades – braços, cabeça e pernas. Na parte posterior, segue das pernas para o dorso. Conforme a necessidade, o profissional dá foco maior em determinada parte e estabelece um protocolo de tratamento.
São toques suaves, lentos, monótonos e rítmicos, feitos com as mãos. “Diferente da massagem, a drenagem linfática tem o toque fluído e não gera dor. Se eu apertar, a água entra no músculo. O intuito é trabalhar com o líquido que está entre a pele e o músculo”, explica a massoterapeuta Bruna Portier. Além da técnica manual, também pode ser feita por uma máquina, que simula o movimento de bombear.
O efeito de cada sessão segue ativo por cerca de 72 horas (período em que o organismo faz a ativação e ‘limpeza’) e, por isso, precisa deste intervalo mínimo entre uma sessão e outra. Também, para melhores resultados, é importante a mudança de hábitos, como adotar uma alimentação saudável, prática de atividades físicas e higiene do sono.
As contraindicações acontecem em casos específicos, especialmente em pessoas com processos inflamatórios ativos no corpo (e a drenagem linfática poderia espalhá-la). Alguns exemplos são pacientes oncológicos e pessoas febris.
Fontes: Bruna AlidaPortier, Massoterapeuta
Sociedade Brasileira de Dermatologia